Militantes do PSOL são ameaçados em Serra de São Bento

Autor: Marciano Medeiros

     Fiquei surpreso com as últimas notícias envolvendo minha querida Serra de São Bento. Em nossa luta política temos batalhado contra barreiras de ódio e muita perseguição gratuita. Uma busca civilizada pelo poder de expressão é o que temos feito de modo sublime, corajoso, criativo e patriótico. Certos indivíduos mal acostumados pelos vícios da sociedade, não conseguem tolerar os questionadores dos seus atos e opiniões, sejam reprováveis ou não. O presidente municipal do PSOL Marcone Medeiros, e outros valorosos camaradas, têm liderado um movimento de cidadania, procurando esclarecer as pessoas de boa fé da nossa comunidade. Nessa atividade que mencionei temos o apoio do coronel Frassatti, que tem sido valoroso ponto de apoio e nosso advogado contra possíveis gestos arbitrários.


     Primeiro tentaram nos calar através de abominável e covarde perseguição, demitindo Markel Medeiros e Ivaldelson José (Joca da lan house) do serviço público. Não adiantou, pois algo tão baixo e trivial não iria nos silenciar. Deste modo continuamos de cabeça erguida, mostrando nossa doutrina socialista de cara limpa, a plena luz do dia. Marcone Medeiros, Francisco Querino, Fabiana Pedro, João Moreira, Joca e todos os demais filiados do partido, temos a mais firme convicção de expormos um recado democrático ao povo de nossa terra, de maneira livre e sem receio de alguns inimigos das liberdades constitucionais.


     A tática mais recente foi uma tentativa de guerra psicológica, pois alguém teve a ousadia ou generosidade, de colocar uma carta com frases sinistras e ameaçadoras debaixo de nossa porta, no silencio da madrugada, denunciando uma trama atribuída a uma pessoa que atende pelo nome de Tiago. Este teria contratado um pistoleiro para assassinar Sandro Pimentel, presidente estadual de nosso partido. Não sabemos quem seria esse Tiago, nem acreditamos que o prefeito da cidade num ano eleitoral pudesse apoiar algo tão covarde e medieval, que seria a morte, o expurgo dos opositores, à moda de Marco Antônio na velha Roma Imperial. Achamos que pode ser uma coincidência, pois temos pessoas com os mesmos nomes mencionados na carta, vivendo no contexto administrativo de nosso município.


     Marcone e o coronel Frassatti decidiram trazer a carta e mostrar a Sandro Pimentel, que a levou ao secretário de segurança publica do Estado, Dr. Cristóvão Praxedes, ao ser informado ele prometeu fazer um procedimento investigatório, para chegar aos autores desse suposto plano, que lembra as ações dos terroristas do oriente médio. Estão seguindo nossos familiares e nada disso poderá nos intimidar, pois estamos vivendo num estado democrático de direito. Temos vários contatos importantes que mostrariam as autoridades competentes uma lista de suspeitos, caso algo venha a atingir nossa integridade física e moral.


     Queremos denunciar isso a todas as instituições de direitos humanos do mundo e dizer que apesar de não termos possibilidades de resistência material, somos idealistas e não temeremos ameaças ou atitudes violentas, que servirá apenas para nos transformar em mártires e fazer nosso grupo político conquistar o poder ainda mais fácil, pois foi o cadáver de João Pessoa que levou Getúlio Vargas a Presidência da República. Avante povo de Serra de São Bento, tenhamos indomável coragem, lembrando de uma velha e folclórica canção dos bravos gaúchos, filhos dos pampas: “Um povo que não tem virtude termina por ser escravo.”